quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SUBMARINE / SUBMARINE (2010) - REINO UNIDO / ESTADOS UNIDOS




RELACIONAMENTOS

A entrada na adolescência reflete diferentemente em cada pessoa, porém não há como não marcar para sempre. Para alguns a melhor fase, para outros a pior. Alguns experimentarão sensações e serão "livres", outros o passarão sua breve transição em uma "cela" em meios a sentimentos e traumas, mas não há quem fique indiferente.



Tendo como um dos principais produtores o ator Ben Stiller e na direção o estreante Richard Ayoade, Submarine adapta o livro homônimo de Joe Dunthorne para as telas. Com uma ótima recepção da crítica e do público, esta produção independente, não por acaso, chama a atenção de quem o assiste. A história é contada, em alguns momentos, em primeira pessoa e mostra a vida de Oliver Tate (Paddy Considine), um jovem entre 14 e 15 anos que vive uma vida sem amigos, apenas colegas de escola que, nem isso são de verdade, convivendo com um pais em crise de relacionamento, onde o pai é um biólogo marinho em depressão e a mãe uma funcionária pública, cujo o sonho era ter tornado-se atriz, mas, devido a opinião contrária de uma fonoaudióloga, pôs de lado seu sonho. 

 
Oliver vive seu marasmo escolar durante as aulas, pratica bullying contra uma adolescente, junto com seus colegas, até que se apaixona por Jordana Bevan (Yasmin Paige), uma jovem na mesma faixa etária. O relacionamento de ambos começa de uma forma quase forçada. Os jovens estão na fase de não mostrarem sentimentos, não mostrarem paixão. Oliver beira o racional extremo e imagina situações hipotéticas em suas ações e percepções do mundo. Enquanto Oliver e Jordana descobrem a si mesmos e o amor, a família de ambos encontra-se fragilizada. Oliver se preocupa com um possível relacionamento extraconjugal de sua mãe com um vizinho, frente a um pai (Noah Taylor) completamente distante da situação, enquanto Jordana tem uma pessoa doente na família. A ausência de sentimentos é um fator preponderante da trama. 

Noah Taylor

Carregado de humor negro, o filme mostra que, às vezes, mesmos adultos, diante de uma situação, não sabem que sentimento apresentar. Quanto mais os adolescentes. Salvar o relacionamento dos pais ou apoiar a namorada em um momento crítico? Tudo isso é embaralhado num quebra-cabeças, como cantado em uma música no filme e que cabe a cada um dos personagens descobrir por qual trecho iniciar. A empatia do casal é um fator que alavanca o filme, assim como a "falta de empatia" dos pais, essenciais na trama. As locações foram muito bem escolhidas e a fotografia foi muito bem cuidada.
Outro fator marcante é a trilha sonora, na maioria das vezes oriunda de uma fita cassete entregue pelo pai, quando este era jovem e escutava as músicas. A cargo de Alex Turner, do grupo The Arctic Monkeys, em trabalho solo, suas composições adequaram-se perfeitamente e as situam em uma época em que ainda se utilizavam polaroides, VHS e cassetes, levando-nos a acreditar que a história compreende os anos sessenta e setenta. 


O filme é realmente um achado e uma pena não ter sido lançado no Brasil (mas existe no You Tube). Tem todo ar de filme britânico, com um ritmo mais americano, que mostra exatamente ser uma produção anglo- americana. Recheados de metáforas, frases de efeitos e humor negro esta produção é acima da média e merece ser vista por aqueles que gostam de roteiros mais elaborados. O título do filme, é uma alusão aos relacionamentos,  onde somente um submarino, até um certo ponto do oceano, pode descer usando um ultrassom e ouvir sub-frequências inatingíveis por nossa audição. Assim como um submarino, muitas vezes temos de emergir trazendo à tona nossos sentimentos para serem ouvidos e para ouvirmos os alheios.

Trailer: (contém spoilers)

 

Trilha Sonora:
“Stuck On The Puzzle ”; “Hiding Tonight”; “Glass In The Park”; “It's Hard To Get Around”; “Piledriver Waltz”. Interpretadas por Alex Turner

Premiações:
BAFTA Awards, Wales 2012
British Independent Film Awards 2011
Giffoni Film Festival 2011
Palm Springs International Film Festival 2011 

Filmografia:
Craig Roberts
Submarine (2010); Poder Paranormal (2012); A Primeira Vez (2012); O Duplo (2013); Vizinhos (2014); Anjos da Lei 2 (2014).

Noah Taylor
O Clube dos Cinco 2 (1992); Shine - Brilhante (1996); Lara Croft: Tomb Raider (2001); Vanilla Sky (2001); Max (2002); Lara Croft: Tomb Raider - A Origem da Vida (2003); A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005); A Proposta (2005); Possuída (2009); Submarine (2010); Cão Vermelho (2011); O Duplo (2013); O Predestinado (2014); No Limite do Amanhã (2014).

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O HOMEM DO PREGO / THE PAWBROKER (1964) - ESTADOS UNIDOS





UM SOCO NO ESTÔMAGO DO ESPECTADOR

Rod Steiger, em uma atuação magistral, é um Judeu chamado Sol Nazerman que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz. Vive num bairro pobre em Nova Iorque, possui uma loja de penhores, onde normalmente oferece valores abaixo aos bens penhorados por uma comunidade carente, desesperada e até mesmo marginal que vai até sua loja. Frio e insensível, em quase tudo que ocorre em sua vida, correlaciona aos horrores da guerra: um anel, uma mulher, borboletas, enfim, o cotidiano. 




Sol não consegue corresponder ao amor de uma mulher que se diz apaixonada. Não crê em Deus e nos homens, crê apenas no dinheiro. Acha que todas as pessoas são no fundo ruins, ou seja, tornou-se uma pessoa amargurada que perdeu as esperanças e sabe que ninguém pode lhe compreender. A vida lhe deu essa crença. Sua mente é sua própria prisão. Possui um assistente de loja que quer aprender como enriquecer, mas que planeja assaltá-lo. O diretor Sidney Lumet (de filmes como “12 Homens e uma Sentença”; “Um Dia de Cão” e “Rede de Intrigas”) fez um filme seco, forte em suas cenas, depressivo, cuja origem baseia-se no livro homônimo do escritor Edward Lewis Wallant. E foi o primeiro filme americano a abordar o tema do Holocausto do ponto de vista de um sobrevivente.

 
Brock Peters

Sol é um homem que viu o pior do ser humano e foi destruído com a  morte de sua família, a tortura de seu melhor amigo e o choque de presenciar o destino de sua esposa. Sua sobrevivência é apenas física, pois, psicologicamente, ele não sobreviveu ao campo. O diretor coloca em seu personagem uma síntese de muitos sobreviventes dos campos.



Muitos filmes mostram a dor física a que uma pessoa pode ser submetida, mas poucos conseguem mostrar a devastação da psiquê que essas pessoas sofreram. Refazer suas vidas, viver e sorrir para uma sociedade que nunca vai compreender, em sua totalidade, o que eles passaram, é a parte mais dolorida. Rod Steiger conseguiu uma atuação tão marcante que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator. Não há como o espectador não ficar empático ao destino de Sol e até entender no que se tornou. E essa façanha credita-se ao ator.



A fotografia em preto e branco do diretor de fotografia  Boris Kaufman (1897–1980) (de “12 Homens e uma Sentença” e “Sindicato de Ladrões”) é o grande destaque: dá um tom frio, desolador e melancólico ao filme. Bem dentro do que o personagem se tornou. Ela alterna flashbacks da tragédia de Sol com a sociedade contemporânea em que vive, na qual não mais se encaixa.



Filme que alguns poderão considerar um pouco lento,  porém é cinema arte de profunda reflexão. Não é indicado para a geração Blockbuster e sim para as pessoas que querem assistir a um filme e terem uma boa conversa sobre como é o mundo e seus reflexos nas pessoas.


Trailer:






Curiosidades:
Boris Kaufman ganhou o Oscar de Melhor Fotografia por Sindicato de Ladrões (1954).

O diretor Sidney Lumet foi indicado 5 vezes ao Oscar.

Rod Steiger, ganhou o Urso de Berlin por sua atuação.

Depois que os cineastas apelaram ao conselho de apelações da MPAA para se opor à censura do filme, ele se tornou o primeiro filme dos EUA a mostrar uma mulher nua da cintura para cima e receber um selo de código de produção. Foi o primeiro de uma série de confrontos entre cineastas e a MPAA nos anos 1960 que levariam ao abandono do Código em cinco anos, em favor de um sistema de classificação.

O cenário de Richard Sylbert foi deliberadamente projetado para ser uma série de gaiolas – telas de arame, grades, fechaduras, alarmes, etc. – para simbolizar que, embora Sol não estivesse mais em um campo de concentração, ele ainda estava efetivamente aprisionado por suas memórias.

Estreia no cinema de Morgan Freeman.

Fortemente influenciado pela nova onda francesa de cinema. Sidney Lumet disse que se inspirou profundamente em dois filmes de Alain Resnais: Hiroshima, Meu Amor (1959) e Noite e Neblina (1956).

Thelma Oliver não percebeu até o início das filmagens que sua cena de nudez seria filmada com a intenção de ser vista (a nudez geralmente era feita por cima do ombro). Ela ficou muito chateada com isso, mas concordou em desnudar os seios, criando assim a história do cinema.


Stanley Kubrick, Karel Reisz e Franco Zeffirelli recusaram a oportunidade de dirigir. Kubrick não achou excitante, Zeffirelli estava ansioso para começar a dirigir filmes a partir de seu cenário de palco, mas sentiu que o material era muito sombrio para ele, e Reisz achou muito perto de casa, tendo perdido seus pais no Holocausto.

Selecionado para preservação no National Film Registry pela Biblioteca do Congresso em 2008.

Baruch Lumet (Mendel) foi o pai do diretor Sidney Lumet.


Rod Steiger ficou muito magoado por ter perdido o Oscar de Melhor Ator para Lee Marvin em Dívida de Sangue (1965) pelo que Steiger considerou uma performance cômica leve. Ainda assim, ele só teve que esperar mais dois anos para também ser o ganhador do Oscar de Melhor Ator, por sua atuação em No Calor da Noite (1967).

Uma das regras que a United Artists, que inicialmente flertava com o financiamento do filme, insistia era que não deveria haver representações abertas no filme do Holocausto, já que era um assunto tão deprimente. Ted Allan, que foi o primeiro contratado para escrever o roteiro, achou isso uma coisa difícil de contornar.

Uma das regras que a United Artists, que inicialmente flertava com o financiamento do filme, insistia era que não deveria haver representações abertas no filme do Holocausto, já que era um assunto tão deprimente. Ted Allan, que foi o primeiro contratado para escrever o roteiro, achou isso uma coisa difícil de contornar.

Sidney Lumet se aproximou de Laurence Olivier, Kirk Douglas e Burl Ives para interpretar o papel-título.

Como o filme era preto e branco, o sangue visto é na verdade calda de chocolate.

Por causa do assunto e da nudez, o filme teve grande dificuldade em conseguir um distribuidor.

Enquanto caminha pelas ruas de Nova York, Nazerman passa por um teatro anunciando "A Mulher que Pecou" (1962), filme que contou com o ator Brock Peters, que interpreta Rodriguez.

Groucho Marx foi considerado para o papel-título.

O principal produtor britânico Michael Balcon recusou o projeto por causa de seu tema do Holocausto, considerando-o veneno de bilheteria.

Em uma entrevista de 1999 com Robert Osborne, Rod Steiger disse que baseou o grito silencioso no final do filme nos rostos da obra-prima de Pablo Picasso, "Guernica".



Trilha Sonora:
I Don't Wanna Be a Loser - Lesley Gore
Soul Bossa Nova - Quincy Jones e Orchestra


Cartaz:






Filmografia Parcial:
Rod Steiger (1925–2002)










Sindicato de Ladrões (1954); A Trágica Farsa (1956); Al Capone (1959); O Mais Longo dos Dias (1962); O Homem do Prego (1964); Doutor Jivago (1965); No Calor da Noite (1967); Waterloo (1970); Quando Explode a Vingança (1971); Mussolini - Ascensão e Glória de um Ditador (1974); F.I.S.T. (1978); Horror em Amityville (1979); O Leão do Deserto (1980); A Outra Face (1984); Criação Monstruosa (1987); O Jogador (1992); O Especialista (1994); Hurricane: O Furacão (1999); O Fim dos Dias (1999); Corpo e Alma (2000); Uma Grande Jogada (2001) 



Brock Peters (1927–2005)










Carmen Jones (1954); A Mulher que Pecou (1962); O Sol É Para Todos (1962);O Homem do Prego (1964); Juramento de Vingança (1965); Aventura Submarina (1968); Os Quatro da Ave Maria (1968); No Mundo de 2020 (1973); Pânico na Multidão (1976); Ameaça no Supersônico (1977); A Incrível Jornada da Dra. Meg Laurel (1979); As Aventuras de Huckleberry Finn (1981); Jornada nas Estrelas IV - A Volta para Casa (1986); Alligator 2 - A Mutação (1991); Jornada nas Estrelas VI - A Terra Desconhecida (1991); Fantasmas do Passado (1996). 

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

INVERNO DA ALMA / WINTER'S BONE (2010) - ESTADOS UNIDOS






ATUAÇÃO IMPECÁVEL DE JENNIFER LAWRENCE 


Ree Dolly (Jennifer Lawrence) é a irmã mais velha de dois outros irmãos, responsável por cuidar deles e de sua mãe mentalmente doente. Tudo isso graças a prisão de seu pai, um fabricante de drogas que, para conseguir pagar parte da fiança, deixa como garantia, a propriedade da família. Ree descobre tardiamente a manobra do pai que desaparece. 

 
Vivendo em uma miséria quase extrema, em algum lugar do Missouri, que a leva a aceitar doações de comida e favores de vizinhos, na tentativa de trazer seu pai de volta à julgamento e assim garantir um lugar para sua família pelo menos sobreviver. O acordo feito por seu pai era que se não retornasse para o julgamento, a casa seria tomada pelo estado. 



Ree resolve recorrer aos seus parentes mais próximos, mas percebe que além de lhe ser negada a ajuda, esses não querem ser envolvidos nos problemas de seu pai. Sua busca passa a incomodar os demais membros dessa família considerada perigosa pela comunidade. Nem o fato de ser a filha e sobrinha dos irmãos de seus pais, garantem sua integridade física. Para fazerem-na parar eles estarão dispostos a tudo, inclusive matá-la. E Ree não tem opção: ou encontra o pai desaparecido misteriosamente ou prova que está morto. Não há meio termo. Ree precisa seguir sua vida, ser feliz, sair daquela realidade. Logo, precisa da casa, da sua família unida para não terminar da mesma forma dos que ali vivem: sem perspectivas.



Inverno na Alma (título bem mais apropriado que o original Winter's Bone) é um filme independente que concorreu a 4 Oscars. A transposição brasileira do título reflete bem o clima que personagem vive: a inexistência de calor humano por parte de sua família.  No conceito mais adequado da máxima "parente é serpente", Ree consegue mais de amigos e vizinhos do que dos seus.

John Hawkes


Ree  vive uma vida em que pouco lhe resta a não ser cuidar da mãe doente e dos irmão pequenos. Sem uma infância digna, sem alimentação, sem a figura materna, sem estudo e namorados. E ainda tem que amadurecer na marra. Ela, por incrível que pareça, representa muitas pessoas que não vemos no nosso cotidiano, mas que neste momento vivenciam os mesmos problemas da personagem, o que torna o filme bem verdadeiro. 


A despeito de seu ritmo, por vezes lento, além do que deveria, é um filme para quem gosta de dramas sólidos, onde a narrativa parece extraída de algum "baseado em fatos reais". Se o espectador procura cenas de ação, reviravoltas e tensões não as encontrará aqui no formato que gostaria. A diretora Debra Granik fez um filme bem na linha “ a vida como ela é”. E nesse conceito sabemos que nossas vidas não são repletas de aventuras e emoções diárias. São muitas vezes complicadas, cansativas e repetitivas com alguns momentos de felicidade que tanto almejamos. No cinema tudo é mais fácil: não tem ninguém pegando ônibus, indo para o trabalho, pagando contas,  sinal de celular caindo ou tendo resolver os pequenos problemas diários que nos tomam tanto tampo. Inverno da Alma é isso. Uma pessoa comum, como todos nós,  vivendo o seu problema. Pode ser chato para muitas pessoas porque passa uma sensação de nada a acrescentar de novo. Mas a vida diária não é assim? 



Na verdade o filme é uma filmagem do livro de Daniel Woodrell de 2006, onde muito de seu sucesso deve-se a ótima atuação do par central: Jennifer Lawrence recebeu um ótimo papel (indicada ao Oscar) que foi excelente para a sua carreira e mostrou a Hollywood que ali existia uma estrela e John Hawkes (também indicado ao Oscar pelo papel). Ambos dão o tom exato a seus personagens fazendo um crescente ao longo da trama até o seu final apenas ok.



Inverno na Alma pode não ser nenhum filme inesquecível, mas quem o assistir e gostar de seu ritmo (que por ser independente foge dos padrões hollywoodianos) terá um bom filme em mãos e muito no que refletir.

Trailer:



Curiosidades:
O título inicial seria "Em Busca da Verdade", no Brasil.

Indicado ao Oscar de Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme.

Jennifer Lawrence foi indicada ao Globo de Ouro.

A Atriz ganhou o Oscar por O Lado Bom da Vida (2012) 


Prêmios:
Sundance Festival
Spirit awards
Gotham awards
National board of review
Village voice critics poll
The women film critics circle
Washington, d.c. area film critics
Toronto film critics association
San francisco film critics circle

Trilha Sonora:
“The Missouri Waltz” cantada por Marideth Sisco
“High on a Mountain” cantada por Marideth Sisco com Dennis Crider, Kim & Jim Lansford, DJ Shumate e Billy Ward

Filmografia Parcial:
Jennifer Lawrence
Vidas Que Se Cruzam (2008); Inverno da Alma (2010); X-Men: Primeira Classe (2011); Jogos Vorazes (2012); O Lado Bom da Vida (2012); A Última Casa da Rua (2012); Jogos Vorazes: Em Chamas (2013); Trapaça (2013); X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014); Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 (2014); Jogos Vorazes: A Esperança - O Final (2015); Joy: O Nome do Sucesso (2015); X-Men: Apocalipse (2016); Passageiros (2016)

John Hawkes
Morto ao Chegar (1988); Rosalie Vai às Compras (1989); Freaklândia: O Parque dos Horrores (1993); Congo (1995); Um Drink no Inferno (1996); Steel - O Homem De Aço (1997); A Hora do Rush (1998); Eu Ainda Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado (1998); Mar em Fúria (2000); Identidade (2003); Miami Vice (2006); S. Darko - Um Conto de Donnie Darko (2009); Inverno da Alma (2010); Contágio (2011); O Mistério de Stella (2015).